terça-feira, 20 de novembro de 2012

UFRN registra tremores de terra no Mato Grande

Tribuna do Norte

O Laboratório de Sismologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LabSis/UFRN) registrou dois tremores de terra no Estado, no último fim de semana. O primeiro, em João Câmara, atingiu a magnitude de 2.8 na Escala Richter. O segundo, registrado no município de Pedra Preta, foi um pouco mais leve e atingiu  a magnitude 2.6. Os eventos foram registrados no sábado e domingo e pelo menos um deles chegou a ser sentido por algumas pessoas.

Arquivo/TNEm 2010, técnicos do laboratório de sismologia instalaram equipamentos para monitorar tremoresEm 2010, técnicos do laboratório de sismologia instalaram equipamentos para monitorar tremores

De acordo com o coordenador do laboratório, professor Aderson do Nascimento, os movimentos registrados estão dentro da normalidade e não há como prever se novos tremores serão detectados no Estado. "Estamos sempre monitorando. O que ocorreu no fim de semana passado está dentro da normalidade e não foi sentido pela população pois foram de magnitude baixa. Não há como prever se novos tremores irão acontecer nos próximos dias", explicou.

No sábado passado, depois de um longo período de baixa atividade da chamada "Falha de Samambaia", foi registrado um novo tremor na região de João Câmara, município localizado a  74 quilômetros de Natal, às 00h41. Esse tremor atingiu a magnitude 2.8. Segundo o laboratório da UFRN, "aparentemente o evento ocorreu na região de Samambaia-Lagoa Rachada onde a atividade sísmica teve início em 1986".

Um dia depois, no domingo, dia 18, os equipamentos da UFRN registraram um tremor de magnitude 2.6 na Escala Richter. O tremor ocorreu às 13h28, em Pedra Preta, cidade localizada a 149 quilômetros da capital do Estado. O evento, segundo o LabSis/UFRN, também foi registrado, entre outras, pela estação de Riachuelo (RCBR) e pelas estações da Rede Sismográfica do Nordeste (RSISNE) de Paraú (NBPA), Livramento (NBLI) e Pedro Velho (NBPV).

De acordo com informação do  LabSis/UFRN, um técnico visitou a área onde o abalo foi registrado e moradores de alguns sítios relataram que sentiram o tremor.

Na região já foram registrados tremores acima de 5 graus na década de 1980, causando danos a moradias em João Câmara e Bento Fernandes. Naquela ocasião  moradores de cidades próximas, inclusive de Natal, foram obrigados a sair de casa no meio da madrugada com medo de desmoronamentos, o que não ocorreu. O último abalo de maior proporção foi em janeiro de 2010. Chegou a 3.8 graus e foi sentido num raio de 300 quilômetros.

Na região do Mato Grande, onde está localizada a Falha de Samambaia,  existe uma barragem - A Poço Branco - com capacidade para 136 milhões de metros cúbicos de água, mas devido a seca, o volume atual se encontra abaixo da metade. Os técnicos dizem que abalos magnitude dos que foram registrados no final de semana não colocam em risco a segurança moradores.

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