quarta-feira, 15 de maio de 2013

Vereador da situação acusa Reginaldo Dantas por irregularidades no cadastramento de beneficiários do Programa Habitacional do Governo Federal na gestão passada.



Arinaldo Tavares (Timba/PR) 


O vereador Arinaldo Tavares (Timba/PR), durante sessão na Câmara Municipal, acusou o vereador Reginaldo Dantas (PMDB) por irregularidades no cadastramento de beneficiários de um Programa Habitacional do Governo Federal na época em que o peemedebista foi secretário de Ação Social do Município de Jandaíra.

Para comprovar a veracidade das acusações, Arinaldo Tavares utilizou exemplos de pessoas que serão beneficiárias, na próxima etapa do programa, prevista para começar nos próximos dias, que estão em situação irregular conforme as regras do programa habitacional.

De acordo com o vereador do PR, na época em que o cadastro foi feito o então secretário de Ação Social, Reginaldo Dantas, selecionou a esposa de um morador do município conhecido, como Cambão, mesmo essa senhora sendo proprietária de dois imóveis habitacionais.

Outra irregularidade apontada foi a inscrição da presidente do Conselho Tutelar da Criança e do Adolescente do município no cadastro das casas. Segundo o vereador, a conselheira declarou possuir renda de apenas R$ 200 mensais quando, na verdade, os seus vencimentos correspondem a, pelo menos, um salário mínimo e, além disso, o salário do esposo também não foi incluído na sua renda familiar.

Para o vereador Arinaldo Tavares, o cadastramento dos beneficiários também levou em consideração critérios políticos partidários. O vereador citou o caso da esposa de Dadá que estava incluída na lista de beneficiários, mas foi retirada porque não votou no candidato a prefeito apoiado por Reginaldo Dantas na última eleição municipal.


Defesa


Reginaldo Dantas (PMDB)

Por sua vez, o vereador Reginaldo Dantas apresentou explicações contraditórias e inconsistentes. Ele iniciou seu discurso de defesa explicando o programa. Falou sobre a lei que criou o Programa Minha Casa Minha vida e afirmou que a aprovação dos cadastros dos beneficiários é feita pelo Ministério das Cidades, como se a seleção desses beneficiários fosse feita por funcionários do Ministério, em Brasília, que não conhecem o município de Jandaíra.

Na tentativa de se defender das acusações, o vereador entrou em contradição. Primeiro o vereador informou que a aprovação é feita pelo Ministério das Cidades deixando claro que a seleção dos beneficiários também é feita pelo ministério, porem, mais adiante, o vereador afirmou que é a favor de que a seleção dos beneficiários priorize as famílias mais necessitadas.

Mas, como os funcionários do ministério, em Brasília, podem saber quais as famílias mais necessitadas em um município tão distante? Como isso pode acontecer se o Ministério nunca fez uma pesquisa, no local, para verificar essa condição?

Sobre o cadastro da presidente do conselho tutelar, o vereador informou que não tem nenhuma responsabilidade sobre as informações prestadas pelos possíveis beneficiários, mas não soube explicar porque se omitiu, no caso, mesmo sabendo que a renda declarada pela senhora não correspondia com a verdade.

Sobre a beneficiária proprietária de dois imóveis, o vereador confirmou uma ilegalidade. Ele afirmou que a beneficiária emprestou o nome para uma terceira pessoa, além disso, não explicou porque permitiu que uma proprietária de duas casas pudesse ser cadastrada, aprovada e selecionada, segundo ele, pelo Ministério das Cidades.


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