A falta de políticas de desenvolvimento regional e de investimentos em
infraestrutura tem levado o Rio Grande do Norte a perder competitividade
frente aos vizinhos e rendeu à economia do estado o menor crescimento
da região, entre os anos 2002 e 2010. A tese, defendida há anos por
especialistas, foi reforçada ontem pelo estudo Contas Regionais do
Brasil, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Alex RégisMidway Mall: a abertura do shopping teria sido um dos fatores a impulsionar o comércio
Os
dados mostram a quantas caminhou o Produto Interno Bruto (PIB) dos
estados num período de oito anos. No caso do RN, o indicador, que é o
principal termômetro do desempenho da economia, cresceu nesse período,
mas o ritmo - mostram os números - foi de marcha lenta.
De acordo com o estudo, o PIB potiguar chegou a R$ 32,33 bilhões em 2010, com crescimento real de 5,1%. A taxa foi menor que a do Brasil (7,5%) e a do Nordeste, de 7,2%.
Entre os anos de 2002-2010, o RN avançou 30,9%. Para efeito de comparação, estados como Ceará e Pernambuco alcançaram um ritmo superior a 40%. O crescimento potiguar é o mais baixo entre os estados do Nordeste e o quarto menor do Brasil nesse período. Em oito anos, o país cresceu 37,1%.
Para o economista e chefe do IBGE no Rio Grande do Norte, Aldemir Freire, os anos 2011 e 2012 devem revelar desempenhos ainda piores para o estado.
Em meio à previsão de crescimento da economia nacional inferior a 2% este ano, a tendência é que o RN continue desacelerando, diz Freire. "Sem políticas de desenvolvimento regional e investimentos maciços em infraestrutura, dificilmente o Rio Grande do Norte conseguirá o desempenho de 2010, de 5,1%, o que nesta conjuntura, seria muito bom", afirma Freire. O ano de 2010, lembra ele, foi considerado bom para economia, quando o país atingiu uma taxa de 7,5%, mas não para o estado. "O Rio Grande do Norte, vem ao longo da última década perdendo competitividade, se isolando", acrescenta.
Para ter ideia, nesse mesmo período o Maranhão consolidou-se na agropecuária como grande produtor de soja. No Ceará, o setor de serviços se destacou, principalmente o comércio, que avançou 0,2 pontos percentuais de participação na série 2002-2010. O estado de Pernambuco atingiu em 2010 a maior participação do PIB (2,5%) na série. Nos anos de 2009 e 2010, a região Nordeste atingiu o maior patamar de participação no bolo nacional, chegando a 13,5% da série 2002-2010.
Enquanto outros estados receberam investimentos em ferrovias, infraestrutura portuária ou mesmo na área de produção, o RN registrou queda na produção/volume de petróleo e gás natural, bem como, nos dois últimos anos, a variação no preço do barril no mercado internacional prejudicou o valor da produção.
Somado a isso, ressalta o analista do IBGE, Ivanilton de Oliveira Passos, o Rio Grande do Norte tem como principal base da economia a administração pública. O setor responde por 28,35% do valor adicionado estadual. "As políticas de austeridade adotadas ao longo desses oito anos, nas três esferas de governo, como os longos intervalos sem aumento para o funcionalismo, acabam refletindo no poder de compra", afirma. "Não temos indústrias de peso, há uma excessiva carga tributária, a produção agrícola é frágil, com exceção da fruticultura irrigada", acrescenta Passos.
De acordo com o estudo, o PIB potiguar chegou a R$ 32,33 bilhões em 2010, com crescimento real de 5,1%. A taxa foi menor que a do Brasil (7,5%) e a do Nordeste, de 7,2%.
Entre os anos de 2002-2010, o RN avançou 30,9%. Para efeito de comparação, estados como Ceará e Pernambuco alcançaram um ritmo superior a 40%. O crescimento potiguar é o mais baixo entre os estados do Nordeste e o quarto menor do Brasil nesse período. Em oito anos, o país cresceu 37,1%.
Para o economista e chefe do IBGE no Rio Grande do Norte, Aldemir Freire, os anos 2011 e 2012 devem revelar desempenhos ainda piores para o estado.
Em meio à previsão de crescimento da economia nacional inferior a 2% este ano, a tendência é que o RN continue desacelerando, diz Freire. "Sem políticas de desenvolvimento regional e investimentos maciços em infraestrutura, dificilmente o Rio Grande do Norte conseguirá o desempenho de 2010, de 5,1%, o que nesta conjuntura, seria muito bom", afirma Freire. O ano de 2010, lembra ele, foi considerado bom para economia, quando o país atingiu uma taxa de 7,5%, mas não para o estado. "O Rio Grande do Norte, vem ao longo da última década perdendo competitividade, se isolando", acrescenta.
Para ter ideia, nesse mesmo período o Maranhão consolidou-se na agropecuária como grande produtor de soja. No Ceará, o setor de serviços se destacou, principalmente o comércio, que avançou 0,2 pontos percentuais de participação na série 2002-2010. O estado de Pernambuco atingiu em 2010 a maior participação do PIB (2,5%) na série. Nos anos de 2009 e 2010, a região Nordeste atingiu o maior patamar de participação no bolo nacional, chegando a 13,5% da série 2002-2010.
Enquanto outros estados receberam investimentos em ferrovias, infraestrutura portuária ou mesmo na área de produção, o RN registrou queda na produção/volume de petróleo e gás natural, bem como, nos dois últimos anos, a variação no preço do barril no mercado internacional prejudicou o valor da produção.
Somado a isso, ressalta o analista do IBGE, Ivanilton de Oliveira Passos, o Rio Grande do Norte tem como principal base da economia a administração pública. O setor responde por 28,35% do valor adicionado estadual. "As políticas de austeridade adotadas ao longo desses oito anos, nas três esferas de governo, como os longos intervalos sem aumento para o funcionalismo, acabam refletindo no poder de compra", afirma. "Não temos indústrias de peso, há uma excessiva carga tributária, a produção agrícola é frágil, com exceção da fruticultura irrigada", acrescenta Passos.
Tribuna do Norte
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