Atendendo solicitação da Assessoria de
Imprensa da prefeitura de Jandaíra, o Jornal de Hoje publicou, nesta sexta
feira (02), um pedido de esclarecimento aos questionamentos feitos pelo vereador,
Reginaldo Dantas, em matéria publicada na sexta feira (25).
O Jornal atendeu ao pedido da assessoria, mas,
de forma implícita, tentou levar o leitor a entender que a gestão municipal
está praticando algo irregular. O título “Prefeitura Esclarece projeto de Lei
que cria cargos de acordo com “necessidade” da gestão” e “Prefeitura estuda
formas de contratar sem concurso” parecem uma tentativa de confundir.
O leitor, atento ao conteúdo do texto, pode verificar que as alternativas apresentadas pela assessoria
para a contratação de pessoal estão sendo estudadas e foram aprensentadas, apenas, como possíveis soluções, uma vez que, o processo
ainda está em fase de análise, além do mais, as alternativas em análise estão de acordo com a
lei.
O processo seletivo simplificado também é um
concurso e a terceirização de serviços é um instrumento, perfeitamente,
de acordo com o ordenamento jurídico brasileiro e praticado pela gestão publica
em todas as esferas da administração. Portanto, não há nada em desacordo com a
lei sendo feito pela prefeitura.
Quanto às explicações sobre o pedido de vistas
feito pelo vereador, o jornal reservou um cantinho no final da matéria para esclarecer
os fatos.
Confira matéria publicada pelo jornal:
Prefeitura de Jandaíra esclarece projeto de
lei que cria cargos de acordo com a “necessidade” da gestão.
A prefeitura de Jandaíra, localizada a 116 km
de Natal, explicou o projeto de lei aprovado na câmara de vereadores a semana
passada que criou novos cargos públicos municipais. Segundo a assessoria de comunicação
da prefeitura, o fato do projeto não dizer o número de cargos abertos é porque,
na verdade, eles vão ser criados de acordo com a necessidade da atual gestão. Além
disso, estão sendo estudadas alternativas que vão além da realização de
concurso público para ocupação definitiva desses cargos. A terceirização e o
processo seletivo simplificado são opções analisadas.
O esclarecimento da prefeitura é consequencia
de uma matéria publicada na semana passada pelo jornal de hoje em que o
vereador do município Reginaldo Dantas (PMDB), questionou a possibilidade de
irregularidades nesse projeto de lei e, ainda, afirmou que não teve direito de
vistas dos projetos (além de criação de cargos, outros dois foram aprovados
pela câmara na sessão extraordinária da semana passada), para que pudesse
analisar melhor os casos. Faltaria, na visão dele, a definição sobre a função,
remuneração e a quantidade de cargos criados.
Quanto a isso, sobre a falta de atribuições dos cargos, sobre a falta de atribuições dos cargos, dotação
orçamentária, valores salariais e autorização de contratos por meio de decreto,
o executivo municípal, que enviou o projeto de lei à câmara, afirma que os
questionamentos apresentados não tem fundamento.
Os
projetos de lei 344 e 345 de 2013 definiram, de forma clara, os cargos criados
e seus respectivos valores salarias em anexo apresentado e verificado pelo próprio
vereador durante a sessão, apenas não especificou as suas atribuições, o que
será feito por meio de regulamento ou decreto conforme autoriza o ordenamento
jurídico., explica a comunicação oficial do município, com base em informações
repassadas pelo secretário de administração Gilson Soppa e pelo presidente da
câmara de vereadores, Francisco Livanildo.
Quanto
à dotação orçamentária, o município está cumprindo a lei de Responsabilidade e
mantem os gastos com pessoal abaixo dos 51% e mesmo com os cargos criados, a
folha de pagamento permanece com valores bem abaixo do limite prudencial. A maioria
desses servidores, a exceção de de secretários adjuntos e coordenadores que
recebem R$ 1 mil, vai receber um salario mínimo.
Sobre
contratações por meio de decreto questionadas pelo vereador, a nova gestão, que
assumiu há apenas 30 dias, explica que encontrou um quadro administrativo
extremamente caótico. Os postos de saúde e Hospital paralisados, serviços de
limpeza urbana e iluminação pública abandonados, escolas em completo estado de
precariedade, prédios públicos, maquinário e equipamentos sucateados e sem
condições de uso.
Diante
do quadro encontrado e da necessidade de mão de obra, uma vez que o último
concurso público realizado no município foi feito em 1997, a nova gestão sentiu
a necessidade de contratar, de forma emergencial e temporária, o trabalho de
servidores no sentido de colocar a máquina para funcionar e realizar os serviços
necessários à população.
Porém,
a prefeitura não esclarece, exatamente, a quantidade de cargos criados por não
ter a real dimensão dessa necessidade. Segundo a assessoria de comunicação de Jandaíra,
a gestão passada não cumpriu as determinações do Tribunal de Contas do Estado e
deu o direito a equipe de transição de tomar conhecimento das reais
necessidades do município. “Em função disso, o executivo do municipal apresentou
o projeto de lei para nomear os servidores conforme surgirem as necessidades do
município” explicou a comunicação.
Prefeitura estuda formas de contratar sem
concurso
Além dessas
reclamações de Reginaldo Dantas a respeito da criação desses cargos, o vereador
também comentou a falta de previsão para a realização de um concurso público,
ação cada vez mais cobrada pelo Ministério Público para que a ocupação de
cargos ocorra de maneira impessoal e buscando a maior eficiência da máquina
pública. E, nesse ponto, a prefeitura concordou que, realmente, ainda não há
previsão para a realização do certame.
Inclusive,
de acordo com a comunicação da prefeitura, a gestão estaria ciente dessa
necessidade. “Contudo, ainda prepara um estudo para que esse processo seja
feito de forma justa para a população jandairense”. “É preciso explicar que o
município não dispõe de uma rede de preparação para que os moradores da cidade
possam concorrer de forma igualitária com candidatos vindos da capital de
cidades maiores”, explicou a comunicação.
Segundo a
Prefeitura de Jandaíra, “é comum, em diversos, municípios a realização de
concurso público onde as vagas são preenchidas por candidatos que não são
moradores da cidade o que implica em uma fuga desses servidores do serviço
público prejudicando os serviços de atendimento a população”.
De qualquer
forma, a Prefeitura de Jandaíra, ao longo deste ano, pretende abrir um processo
para regularizar, definitivamente, a situação de pessoal conforme exige a
constituição. “Para isso, a lei oferece outras alternativas. Além do concurso
público, a gestão poderá optar pela terceirização de alguns serviços ou
processo seletivo simplificado, mas tudo vai depender de um estudo para
definição”, esclareceu.
É importante
lembrar que, segundo o artigo 37 da Constituição, a administração pública
direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados e dos
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência”.
Além disso,
“a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso
público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a
complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as
nomeações para cargo em comissão”. As funções de confiança, exercidas
exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em
comissão, “a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições
e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de
direção, chefia e assessoramento”.
VISTAS
Com relação
ao pedido de vistas, o presidente da Câmara de Vereadores de Jandaíra,
Francisco Livanildo, do PT, explicou que a negativa quanto ao pedido de vistas
feito pelo vereador ocorreu em função dos seguintes fatos: “Primeiro, o
vereador pediu vista após o projeto ter sido aprovado, segundo o artigo 42 do
regimento interno da câmara, no qual o vereador se baseou, preconiza que os
membros das comissões poderão pedir vista das matérias em apreciação observando
os prazos máximos de três dias, quanto ao regime de tramitação ordinária e de
um dia quando houver regime de urgência”.
Segundo
Livanildo, a matéria não se encontrava em tramitação em nenhuma comissão, e já
estava sendo debatida em plenária. E o fato de ir ou não para qualquer comissão
é uma decisão da mesa diretora da Casa, fato este que não aconteceu devido ao
pedido do executivo pela tramitação e votação de urgência.
O presidente
da Câmara acrescentou que não existe nenhum ato de criação de comissões
permanentes ou especiais na casa desde o inicio desta legislatura, fato pelo
qual a casa estava se reunindo em caráter extraordinário e com pedido de
urgência. O Artigo 123 do regimento regulamenta as seções extraordinárias.
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