Do Portal JH
O presidente do PMDB, deputado federal Henrique Eduardo Alves, deverá
agendar para os próximos dias – provavelmente a próxima sexta-feira, a
depender da agenda da Presidência da Câmara Federal – reunião da
executiva estadual do PMDB com vistas à discussão quanto ao fim da
aliança da legenda com o governo Rosalba Ciarlini (DEM).
Nesta tarde, os indicados do partido para compor a gestão estadual
avalizados pelo ministro da Previdência, Garibaldi Alves Filho, deverão
ter reuniões com a governadora para a entrega dos respectivos cargos,
segundo o que ficou acertado durante o último final de semana.
No último sábado, o ministro da Previdência e o líder do PMDB na
Assembleia Legislativa, deputado estadual Walter Alves, se reuniram com o
secretário de Trabalho, Habitação e Assistência Social (Sethas), Luis
Eduardo Carneiro Costa. Eles solicitaram que o auxiliar entregasse o
cargo, oficializando a saída do governo.
Garibaldi e Walter conversaram ainda com os presidentes da Fundação
Estadual da Criança e do Adolescente (Fundac), Getúlio Batista, e da
Companhia Estadual de Habitação (CEHAB), João Felipe, orientando que
eles dispusessem dos cargos em razão da postura política de rompimento
com o governo.
Fundac e CEHAB pertencem à estrutura organizacional da Sethas e estão subordinados ao secretário Luis Eduardo Carneiro Costa.
O presidente da Companhia Potiguar de Gás (Potigás), Fernando Dinoá, também participou de reunião com o ministro e com o líder do PMDB, e também deverá entregar o cargo hoje. A Sethas, a Fundac, a CEHAB e a Potigás constituem as indicações do ministro da Previdência na gestão Rosalba Ciarlini.
O secretário Luis Eduardo Carneiro Costa solicitou uma audiência com a
governadora. O encontro estava previsto para hoje. Nesta manhã, o
secretário, que aniversariou domingo, foi festejado pelos funcionários
da Sethas, que aproveitaram a oportunidade para se despedir dele, diante
das notícias de que deixará a pasta.
Ainda na manhã de hoje, o ministro da Previdência e o deputado Walter
Alves participaram de reuniões internas, discutindo o desfecho da
aliança com o governo Rosalba Ciarlini. Ambos não puderam ser contatados
pela reportagem de O Jornal de Hoje.
ENCONTRO
Na reunião da executiva do PMDB, o presidente estadual do partido,
Henrique Alves, deverá pôr em deliberação o fim da aliança da sigla com o
governo Rosalba Ciarlini. Além dos cargos indicados pelo ministro, o
PMDB também acomodou na gestão estadual o secretário de Agricultura, da
Pecuária e da Pesca, Júnior Teixeira, e o diretor-presidente do
Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER), Henderson
Abreu – indicações do deputado Henrique Eduardo Alves.
Na última sexta, o deputado Henrique deu declarações à imprensa
demonstrando sintonia com a ala da legenda ligada ao ministro Garibaldi e
ao deputado Walter. Segundo Henrique, a saída de Luis Eduardo do
governo precipitaria o rompimento do PMDB com Rosalba – o que muito
provavelmente irá acontecer.
DECLARAÇÕES
Na semana passada, o líder do PMDB na Assembleia Legislativa,
deputado Walter Alves, concedeu entrevista ao Jornal de Hoje, na qual
defendeu o rompimento do PMDB com o governo Rosalba. Ele pediu ainda a
entrega dos cargos e a candidatura própria do partido a governador.
“Para ajudar o Estado, o PMDB não precisa de cargos”, afirmou na
oportunidade.
Em que pese estar se preparando para assumir uma função no executivo –
ele finaliza um curso de gestão pública na Fundação Getúlio Vargas
(FGV) – Walter negou que tenha pretensões de disputar o governo do
Estado na eleição do ano que vem. Segundo ele, seu projeto será disputar
a reeleição para a Assembleia Legislativa.
No último sábado, o secretário Luis Eduardo concedeu entrevista ao
Jornal de Hoje, descartando permanecer no governo após as declarações de
rompimento de Walter. De acordo com o auxiliar peemedebista, contudo,
não seria ético anunciar o rompimento pelos jornais, porque,
diferentemente dos detentores de mandato do PMDB, ele é auxiliar de
Rosalba e não tinha motivos para sair do governo “atirando”, dado o
respeito que sempre teve da governadora e do governo.
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