A mudança do dia da feira livre do domingo para o sábado está
se transformando em mais uma disputa política em Jandaíra. De um lado do cabo
de guerra, a oposição que se posiciona favorável à permanência da feira no
domingo. Do outro, a situação que é favorável à mudança para o sábado.
O time da situação está reforçado pelos comerciantes e pela
maioria da população. De acordo com Aldair, funcionário da prefeitura, em
recente pesquisa foi constatado que dos 62 comerciantes que atuam na feira com
barracas apenas dois foram contra a mudança para o sábado. No mesmo sentido,
estão, praticamente, todos os proprietários de estabelecimentos comerciais da
cidade.
Apesar de em minoria, a resistência está empenhada em manter
a feira no domingo. Apoiados por uma parte dos produtores da cal, a maioria dos
moradores da zona rural e uma parte dos moradores da cidade movidos pelo
partidarismo e pela resistência cultural, os contrários a mudança se mobilizam
com produção de abaixo assinados, campanhas boca a boca e em redes sociais e
demais meios de propaganda como a rádio local.
O embate lembrou-me dos tempos de criança na Rua Chico das
Chagas Fernandes. Quando dois meninos queriam brigar, um mais esperto, que
queria vê pancada, botava o braço no meio dos dois e dizia: quem cuspir aqui é
o mais valente. A briga estava feita.
A feira no sábado implica em mudanças que refletem na
economia do município e no setor social. Os argumentos contra e favoráveis são
muitos, mas, infelizmente, com a politização da disputa eles saíram da pauta.
Os mais interessados nisso tudo não são os partidos, não é a
atual gestão nem os oposicionistas, são os comerciantes e moradores do município.
Porque não deixar que eles debatam e escolham o que é melhor? Porque os mais
espertos tinham que interferir, botar o braço no meio e tirar na hora H para
ver o circo pegar fogo?
Não é possível que nem na hora de tratar do futuro de um
município, as mesquinhas preferencias partidárias continuem influenciando tanto.
Sou favorável à feira aos sábados porque os argumentos me
convenceram, mas torço muito para que os espertos sujem o braço.
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